Era ele, ali, naquele quarto, naquela cama. Nas horas mais inapropriadas. Na hora em que o desejo batia à porta. Ele a olhava, e isso bastava aos dois. Ainda era claro, e ela não se deixava casta. Ele a pegava pela mão, e a cama rangia enquanto tentava controlar seus gemidos. Não importava se tinha alguém do lado de fora. Ele trancava a porta. O desejo incontrolável que a invadia e o contaminava. Por ele. Ao olhar nos olhos, ao despir um ao outro, beijá-lo na boca, passar as mãos pelas suas costas largas e abraçá-lo ao redor das pernas. Sempre, da forma mais pura. O suor, o calor, o cheiro, o coração pulsante, o desejo, o amor; a cumplicidade e a vontade de tê-lo e movimentar o sangue fervente. Cada toque, palavra, movimento. Pela falta, ausência, desejo, vontade, amor. Ali, naquela cama. Pela sede do eterno ela sussurrava, 'e se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas te desejarei um pouco mais'.
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