segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Na dança da solidão

"[...] atordoado por duas nostalgias que se contrapunham como dois espelhos, perdeu seu maravilhoso sentido de irrealidade, até acabar recomendando a todos que fossem embora de Macondo, que olvidassem tudo o que ele havia ensinado do mundo e do coração humano, que cagassem para Horácio, e que em qualquer lugar em que estivessem recordassem sempre que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável, e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera".

MARQUEZ, García Gabriel.

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