quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Nostalgia regada a reencontro.

Impressionante a capacidade que o ser humano tem de não se dar bem com seu semelhante. Diferenças às vezes tão banais que, quando o tempo passa, a identificação com uma pessoa que a diferença existia, é muito mais profunda do que com outra que, no passado, você acreditava ser a real identificação. Talvez nunca achemos a ‘real’ ou ‘ideal’ identificação com o outro, mas, de fato, acreditamos que elas existem, e ah, faz um bem daqueles!

As pessoas vão mudando e, necessariamente, o que é hoje não tem de ser como era antes. Não por isso deixará de ser bom ou será ruim. As circunstâncias proporcionam um ‘novo olhar’ sobre a vida, sobre a existência das pessoas na nossa vida; algumas vão passar por ela levemente, sem deixar marcas; já outras, ficam marcadas pra sempre.

Estou dentro de um discurso sério demais para falar de uma coisa muito simples, rs. Relações humanas, ponto. Falo isso porque, outro dia, acabei comprovando pra mim mesma quão diferente são as pessoas e, quanta afinidade pode ter conosco aquele que apenas tinha diferenças, ou também aquele que nunca teve uma importância e você nem imaginava que entraria na sua vida.

Foi aniversário de uma amiga das antigas outro dia, fomos num bar, e revi colegas do primário e também do colegial. Pessoas que sempre conviveram comigo, que fizeram parte de uma grande parte da minha vida, e, conversando e olhando pra cada um, percebi que, da sala de aula para a mesa de um bar, as coisas mudaram muito. Depois que cheguei em casa, olhei pra eles e um filminho passou na minha cabeça.

A pessoa com quem eu discutia e achava uma tonta, hoje é a que eu mais tenho afinidade, dentre tantas que concordavam. Já esses, os que concordavam, volto àquela questão anterior da real identificação, a pessoa que eu mais tinha afinidade, concordava e hoje não faz muita diferença. Confesso-me um tanto quanto decepcionada.

Aquela que eu achava uma bobona, mas concordava com ela em algumas coisas e não contava pra ninguém, eu continuo concordando -não em tudo, claro- e, não acho ela mais uma bobona. Os que zombavam de mim continuam os mesmos, extremamente estudiosos (uhhhh!) e me fazendo rir da minha própria desgraça. É, pois é...

São outras, são outros. Diferenças gritantes entre cada um, e isso é demais. Okay, as pessoas tem diferenças, mudam, o tempo passa etc. e tal. Mas, você não pararia para pensar como eu? Acho legal pensar nessas coisas. Lembrar do passado, e ver o que ele se tornou. Continuo pensando, e ainda acho incrível a capacidade do ser humano de não se dar bem com seu semelhante, e o quão inconstante e saudosista é. Pode ser destruidor também, tinha esquecido disso. É, as afinidades vão embora por causa da destruição, é, acho que é por aí. Um dia eu chego lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário