domingo, 5 de julho de 2009

Oh! Darling.

Algum tempo atrás não podia nem sequer escutar o primeiro acorde dessa música dos Beatles. Quando ela tentava aparecer, eu já ia logo apertando o botão, e passava para a música da frente. Não dava, era angustiante. Dois dias atrás, no sorteio de músicas do iTunes ela foi a escolhida e, sem perceber, quando ví, não apertei o botão e, como não tinha ninguém por perto, me dei o direito de cantá-la aos gritos: "Oh! Darling, please believe me...", e foi uma festa. Como uma redenção, me libertei do fardo e das náuseas que me visitavam ao escutá-la. Os Beatles não merecem isso, pensei comigo.
Você deve estar se perguntando o porque. É uma longa história, e não cabe dizer aqui tudo o que aconteceu. É passado morto. Eu tive a infeliz ideia de associar esta música a uma pessoa. Parecia que inconscientemente eu queria que ela estivesse dizendo as coisas que são ditas na música pra mim, como que pedindo perdão e dizendo que nunca teve a intenção de me machucar. E aí, catapuft!, a pessoa se foi (ou eu mandei ela embora?) e a música ficou, trazendo lembranças um tanto quanto perturbadoras. Agora, sonho em algum dia poder cantá-la aos berros, no palco de um bar, junto com uma banda e com um copo de Margerita na mão, olhando fixamente para você.

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