segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Beija-flor

Um dos tantos dias que entrei na estação de metrô para ir rumo ao meu único ofício no momento, -a faculdade- vi um Beija-Flor. Era um dia triste, eu me lembro. E sim, um Beija-Flor.
Quando eu estava para colocar o pé no degrau da escada rolante, olhei pra cima como de costume. Grudado na cúpula transparente, lá estava ele, debatendo as asas. Como é que ele foi parar ali?, pensei.
Olhei e sorri sozinha enquanto a escada me levava para baixo. Senti uma satisfação enorme, afinal, em uma metrópole como São Paulo, não é todo dia em que se vê um Beija Flor, mesmo que preso dentro da cúpula de uma estação.
Vira e mexe no meu caminho cruzam borboletas, libélulas, abelhas e agora beija-flores. Aparecem rapidamente sempre debatendo as asas como que ansiosos para nos contar algo que está por vir. Dizem que é sorte quando algum cruza o nosso caminho. Dizem que é um bom sinal, dizem. Nada que seja fruto da natureza e que seja tão lindo e tão mágico possa trazer algum mal a alguém.
Segui o meu rumo um pouco mais alegre, e pensei se ele -o beija flor- conseguiria sair de lá, pobrezinho. Não sabia que vento o tinha levado para lá, só sabia que o lugar dele não era ali, e que ele tinha colocado mais colorido no meu dia, muito mais.
Com toda certeza ali por algum motivo estava.
*Assistiu 'O Curioso Caso de Benjamin Button'? Não? Vá assistir que você entenderá.
Nunca derramei tantas lágrimas dentro de um cinema. Juro, foi de soluçar. É lindo demais.

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