segunda-feira, 19 de julho de 2010

No final, tudo vira hipótese

Tudo o que não deveria acontecer, aconteceu nesses ultimos tempos. Morte, vida, recomeço, perdas, ganhos, dependências, lágrimas, choros, gritos, risos, brigas, listas e todos os tipos de arrebatamentos emocionais possíveis desesperadores de assustar e quiçá emocionar a qualquer um. É, às vezes acontece. Quando grito, não há santo que o segure dentro de mim. Até desapegar de coisas que eu achava que realmente eram, e na verdade não eram apegadas a mim eu desapeguei (e falo embolado assim mesmo). Me apeguei a outras que sinto que são verdadeiras -ao menos agora, aqui, neste exato momento. Afinal, é isso que dizem que vale. Se ficar, ficou. Se não, arrivederci! Escolhemos sem perceber, falar de acaso é só desculpa. Ainda me agarro a consequências de jogar no vento pequenas hipóteses que podem dar certo e nem sempre são válidas; ou até as que são válidas e me fazem sonhar tanto, mas tanto que acabo por deixá-las apenas no seu lugar de sempre: a imaginação. Caio em um abismo e todas as coisas que estão a minha volta vão junto comigo até que eu não consiga alcançá-las mais. Não matei o que ia me corroer no futuro quando pude, escolhi caçar alguns leões, revivi alguns dragões e continuo enfrentando trolls, encontrando com borboletas amarelas no caminho e correndo atrás do coelho branco todo dia (o que faz com que eu me perca no pisca-pisca da vida). Se bem que a estrada de tijolos amarelos é longa e o príncipe sempre me chama na janela pra jogar as tranças. Mas quer saber? Tudo isso é um conto (não sei se de fadas), e se você não entendeu é mais fácil pensar que no final, tudo vira hipótese.

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