quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dilogando Filosoficamente

"Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. (...)

_tudo azul da cor do mar?
_tudo ficando azul da cor do mar. tô botando ordem no barraco. - risos. E tú?
_Súmemo, tem que dar a geral! Eu estou blues marinho.
_Blues marinho. E isso é bom? - risos.
_Pô isso é quase o top do melhor!
É nada. Tô bem, mas poderia estar melhor, e feliz por que poderia estar pior.
_Mas a vida é assim, meu bem . - risos.
Estamos todos no mesmo barquinho de vai e vem
_Eu até gosto desse vai e vem, o problema é que barquinho enjoa.
_É vero. Não tinha pensado nisso.

A questão é toda essa: fluir. Tão difícil deixar fluir. Mas é o que precisa ser feito agora. Virar barquinho, mesmo. Relaxar e observar o caminho, a paisagem, perceber minha respiração sempre tão junta da respiração do meu pequenino. E assim vamos fluindo, juntos. Correnteza leve, por favor. Que não estamos assim muito prontos pra grandes tormentas. Tá tudo bem na verdade. É só uma questão de se encontrar. Porque as vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho. Mas quem sabe assim, deixando que a água vá me levando, não dá certo, né? Deus dará..."
Caio F.

Nenhum comentário:

Postar um comentário